Sertão e identidad: una lectura de Vidas Secas de Graciliano Ramos

Abstract

[spa] La novela Vidas Secas de Graciliano Ramos fue publicada en 1938, por lo que pertenece a la segunda fase del modernismo brasileño y supone un neorrealismo literario de carácter sociopolítico. La obra presenta el peregrinaje de Fabiano, Sinha Vitória, el Menino mais velho, el Menino mais novo y la perra Baleia en busca de la supervivencia en el sertão nordestino, un espacio físico y simbólico retratado por la aridez, la pobreza, el abandono político, así como la dureza de la sequía. Al narrar la odisea de los personajes percibimos como el discurso colonial se consolida en el desarrollo de los subalternos. De este modo, partimos de un estudio de la vida y de la obra del autor para conocer sus vivencias, perspectivas sociológicas y materiales literarios que se interponen en el espacio nordestino. Posteriormente, se presenta la imagen del sertão en el pensamiento social brasileño y en la prosa regional, con el fin de centrar la discusión en el desenvolvimiento de los individuos en este lugar. La desterritorialización y la explotación llevan el protagonista a cuestionarse sobre su propia condición humana. Por lo tanto, este trabajo analiza el proceso de animalización, alteridad y silenciamiento en la doble representación de la identidad de Fabiano como: Hombre y Bicho.

[por] O romance Vidas Secas de Graciliano Ramos foi publicado em 1938, portanto pertence à segunda fase do modernismo brasileiro y supõe um neorrealismo literário de cunho sociopolítico. A obra apresenta a peregrinação de Fabiano, Sinha Vitória, o Menino mais velho, o Menino mais novo e a cachorra Baleia em busca da sobrevivência no sertão nordestino, um espaço físico e simbólico retratado pela aridez, a pobreza, o abandono político, assim como a dureza da seca. Ao narrar a odisseia dos personagens, percebemos como o discurso colonial consolida-se no desenvolvido dos subalternos. Deste modo, partimos de um estudo da vida e da obra do autor para conhecer suas vivências, perspectivas sociológicas e materiais literários que se intervêm no espaço nordestino. Posteriormente, apresenta-se a imagem do sertão no pensamento social brasileiro e na prosa regional, com finalidade de centrar a discussão no desenvolvimento dos indivíduos neste lugar. A desterritorialização e a exploração levam o protagonista a questionar-se sobre a sua própria condição humana. Portanto, este trabalho analisa o processo de animalização, alteridade e silenciamento na dupla representação da identidade de Fabiano como: Homem e Bicho.